O país do vizinho
é sempre mais verde,
mais amarelo,
e os bardos não são retumbantes.
No país do sonho,
não estarei em solo estrangeiro.
Haverá um coro de maravilhas.
Até que me agrada
a diáspora do pensamento
que não me dá a terra dos homens.
Não sou de lá, nem de cá.
Em minha Suíça de bolso,
carrego a neutralidade
do espírito de porco espinho.
Meu medo é um país inimigo.
É duro você caminhar em guerra,
sem a embaixada dos iguais.
Estarei sempre aqui e em outro lugar:
o nunca é o limite dos bárbaros.
Preciso de um salvo-conduto
para habitar o asilo de existir.
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