Estamos
parados numa
estação de frio
e de descampados
secos,
a vista escorre
pelo capacho
marrom
feito de terra,
matéria esquiva e
o desassossego das
janelas
cujo vapor não
deixa que se veja
os campos errantes
lá fora.
Sobreviveremos
às chegadas
imprevistas,
a estação não dará
o canto miúdo das
flores,
o tapete
salsaparrilha do outono,
nem o forno dos
suores da juventude
e muito menos
o cinzento livro
de ponto
com suas entradas
e saídas
da maldição do
branco.
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