terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Serial killer, poema RCF



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Ainda não nasceu de todo.
O pior é andar pela rua,
deserto, morto e tolo.
O que ainda não nasceu
corre o risco de sobreviver.
Só o homem é capaz
de inventar o mundo
e o fez à sua palavra
e dessemelhança.
Não se escapa
quando se persegue.
Serial killer, mata a cada manhã
o mesmo homem
que se preparou para ser.





(Memória dos porcos. Rio: 7Letras, 2012)







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