O
gato passeia em mim
suas
garras de retorcido tédio.
Mia
suas desavenças
com
o corpo dúctil
das
dificuldades da espécie.
Ora
está no parapeito
da
queda
–
muitos de nós nos
acostumamos
ao abismo –
ora
se aquece
no
labirinto do seu
casaco
de pelos.
Com
seus olhos de caçador,
se
cobrem de escuridão
para
se esgueirar
do
sono, das sombras e do instante.
Quatro
patas ejetam
a
mola do corpo para fugir
do
cão da morte
ou
para se espantar
do
susto da vida.
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