Lavro meu testamento
que é uma terra feita de papel.
Os inéditos doo ao anonimato,
os publicados para os sebos.
Meu corpo enterrem
na lembrança
cuja terra é fofa
e o que nela está logo se decompõe.
(do livro Memória dos porcos. Rio: 2012)
(foto:vivian maier)
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